sábado, 24 de outubro de 2009

Antes visto como ‘exótico’, Brasil vira referência em universidades dos EUA

Perfil do ‘brasilianista’ é rediscutido na academia norte-americana. G1 ouviu chefes de estudos em Harvard, MIT, Stanford e Berkeley.

-- Hummm... COM CERTEZA ESTÃO INTERESSADOS EM ALGUMA COISA NOSSA, QUE NÃO É CULTURA OU COISA DO GERENO... BOM FICAR DE OLHO...

Um dos mais importantes centros de estudos em tecnologia do mundo, o MIT, nos Estados Unidos, deu início aos planos para inaugurar seu primeiro centro de estudos voltado para o Brasil, parte da iniciativa internacional MISTI. O objetivo do projeto é criar grupos de solução de problemas específicos em tecnologia e ciência, e evidencia uma tendência nova para as análises do Brasil nas maiores universidades dos EUA. Em vez de formar os tradicionais brasilianistas, que se debruçavam sobre a realidade histórica, social e cultural do país como um lugar exótico e distante, a academia norte-americana passou a encarar o Brasil como um importante ator global, referência em diferentes assuntos científicos e passando por quase todas as áreas de conhecimento.

Segundo as universidades ouvidas, esta nova realidade envolve especialmente assuntos relacionados a energia renovável, ambiente, desenvolvimento, sustentabilidade, negócios, e há um grande grupo de pesquisadores que está se especializando em temas que precisam olhar para o Brasil.

Para o paulista Marcio Siwi, que vive nos EUA há dez anos e há dois atua no programa de estudos brasileiros do Centro David Rockefeller de Estudos Latino-Americanos em Harvard, “há temas em que o Brasil virou referência e que atraem muito o interesse de alunos e professores. Pode-se falar em aquecimento global, desenvolvimento sustentável, Amazônia, todos esses assuntos que são importantes para os Estados Unidos elevam a enfocar no Brasil como uma referência. O mesmo acontece nos estudos sobre desigualdade.”


‘Boom’ Brasil
Segundo o diretor do Programa Brasil do MIT, Ben Ross Schneider, mesmo com o surgimento deste e de outros novos centros de estudos sobre o país nos EUA,não há indícios para afirmar que o Brasil vive um momento de maior popularidade na academia norte-americana. Os estudos do Brasil, explicou, são descentralizados, e há programas neste sentido em muitas universidades.

“Eu acabo de mudar da universidade Northwestern, em Chicago, onde há um programa de estudos, que continua existindo. Talvez haja um crescimento, mas é impossível dizer que há uma onda de popularização dos estudos do Brasil. Sempre há centros importantes desses estudos, que mudam de local de tempos em tempos”, disse, em entrevista concedida pelo telefone. Segundo ele, entretanto, pelo menos uma centena de alunos do MIT já demonstraram interesse em participar do grupo que está sendo criado por ele.

Siwi, por outro lado, diz que percebe um certo aumento no interesse dos estudantes de Harvard pelo Brasil. “A quantidade de alunos que demonstram interesse no estudo do idioma português, por exemplo, cresceu muito nos últimos anos, o que gera uma diferença enorme no entendimento de o que é o Brasil e quais as diferenças do país em relação ao resto da América Latina.” Segundo ele, isso é algo que existe em todas as partes dos Estados Unidos.

O mesmo acontece na Califórnia, segundo Shaiken. Em Berkeley, diz, há claramente um aumento no interesse e no número de pesquisas envolvendo o Brasil, mas muito deste crescimento vem das pessoas que não são brasilianistas, mas trabalham assuntos em que o Brasil é um protagonista. “Neste nível há muito mais interesse de que havia no passado. Não é apenas um crescimento contínuo, mas um momento de empolgação com uma gama de ideias e possibilidades que envolvem o Brasil. Isso não significa que o país seja estudado tanto quanto mereça. Acho que trata-se de um país extraordinário em um momento único e é preciso mais estudo e mais atenção. Há muitos assuntos que aproximam pesquisas em diferentes áreas do Brasil, mas não se pode dizer que o número de alunos da universidade que estudam o Brasil triplicou, pois não há dados sobre isso. O crescimento, entretanto, é real.”

Shaiken, de Berkeley, credita a mudança que se percebe a uma maior familiaridade dos norte-americanos com temas relacionados ao Brasil, que vem se tornando menos exótico. “O Brasil está se tornando mais familiar, e há ao mesmo tempo muita admiração por coisas que estão acontecendo no país e críticos. Há uma mistura, mas o Brasil realmente é uma força global e muitos sentidos, e essa emergência faz com que o país seja visto com muito interesse, mas de fato sem parecer exótico.”

sábado, 3 de outubro de 2009

Rio 2016


PARABENS RIO DE JANEIRO!
PARABENS BRASIL!


EU APOIO RIO 2016